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Sejam bem vindos!

Tomemos este espaço como forma de aprendizado, troca de conhecimentos e acima de tudo desabafos, comentários, sugestões do assunto, até então, estudado no curso EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA oferecida pela UNESP-Bauru. Sejam bem vindos e que seja muito proveitoso este espaço de comunicação entre nós professores...


"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)



sexta-feira, 5 de março de 2010

Educação Ambiental

De regras a obrigação!

Tomando como princípio que a educação ambiental, segundo Tozoni-Reis (2003), a educação ambiental é uma dimensão da educação; é atividade intencional da prática social, que exige sistematização metodológica que organize os processos de transmissão/apropriação crítica de conhecimentos, atitudes e valores políticos, sociais e históricos, faço desse texto uma análise crítica sobre nós educadores na questão da nossa prática escolar.
Todos sabemos que a educação ambiental não se restringe apenas em disciplinas de ecologia, ciências. Temos em mente que esse conceito deve ser trabalhado interdisciplinarmente para poder alcançar seus objetivos, objetivos esses que tornarão os alunos pessoas críticas e responsáveis por este assunto. Mas, infelizmente, o que acontece, na realidade, é que um professor fica “jogando” para o outro e assim sucessivamente. Acham que porque é professor de física, matemática, não tem como adequar a disciplina ao assunto. Mas, apenas um parêntese, será isso mesmo ou pura preguiça de pensar e discutir com os outros professores.
Sabemos que no decorrer do ano alguns “projetinhos” são realizados apenas para cumprir regras da escola. Nada com compromisso e dedicação. No começo do ano, no planejamento, é uma maravilha. Várias idéias, empolgação, todos com gás tremendo. Passadas algumas semanas tudo cai por “água abaixo” e apenas os projetos obrigatórios são realizados, só para ter algo registrado para não comprometer a escola.
Devemos ter a consciência de que somos educadores e que nossos alunos, muitas vezes, só tem a escola como ponto de referencia, social e histórico. Devemos realizar projetos que despertem estas referencias e os tornem cidadãos conscientes e com criticidade própria.
Enfim, a escola é o local onde os alunos passam a maior parte do dia. Que tal darmos a eles a oportunidade de aprender e, principalmente, vivenciar todas estas belas teorias escritas em folhas timbradas que até então não passam de pura enganação por parte do professor e da escola, apenas para cumprir as regras escolares.
(Letícia Batagello Vieira)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Vejam e confiram a nossa dura realidade!


E você acha que pode fazer algo para reverter esse quadro?

Educação é direito humano, não serviço, diz relator da ONU!

O Costa-riquenho Vernor Muñoz Villalobos (relator especial da ONU pelo Direito à Educação) que foi reconduzido ao cargo até 2010 defende mudança de paradigma e participação da sociedade civil.No fim do ano passado, o costa-riquenho Vernor Muñoz Villalobos foi reconduzido, até 2010, ao posto de relator especial da Organização das Nações Unidas pelo Direito à Educação (ONU) por seu desempenho no cargo, que ocupou primeiramente a partir de agosto de 2004. Especialista em direitos humanos e envolvido em projetos para capacitação e inclusão de crianças, adolescentes e adultos, ele aborda o direito à educação a partir dessa perspectiva: a de que educação não é serviço a ser oferecido, mas um direito básico e fundamental que deve ser respeitado. Ou seja, um direito humano. De passagem pelo Brasil na semana passada para participar de um seminário organizado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, ele falou ao Estado sobre sua avaliação do Brasil, das dificuldades de inclusão e da importância da participação da sociedade civil na conquista de uma educação que realmente seja voltada para todos. Uma das grandes dificuldades das políticas públicas da área educacional é que elas surtem efeito a longo prazo, mas ficam sujeitas a mudanças de projetos de governo. Como superar essas divergências políticas em favor de uma ação contínua para a educação? O elemento que pode unificar as políticas públicas de educação está numa visão de direitos. Cada país pode ter suas especificidades, cultura e características próprias, mas se entenderem o direito à educação como um direito humano básico e fundamental, que deve ser garantido a todos, todos estarão trabalhando a favor da mesma coisa, com o mesmo objetivo. E, assim, quem não tem acesso à ela pode demandá-la, exigi-la na Justiça. O perigo é entender a educação como um serviço, porque um serviço pode ser suspenso, oferecido apenas mediante pagamento ou até mesmo negado. E os que são excluídos dele ficam sem mecanismos legítimos para reivindicá-lo. É preciso entender esse direito e entender que a partir da educação se consegue o cumprimento de uma série de outros direitos. Continuando nessas diferenças naturais entre países, as avaliações internacionais, como o Pisa, promovido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), podem contribuir para melhorar a educação oferecida no mundo? Há inúmeras avaliações internacionais e cada uma delas tem um enfoque diferente. Há aquelas que medem o desempenho escolar e, se o currículo básico tem como foco esses conteúdos pedidos, o aluno saberá responder e terá um bom resultado. Há outras que optam por avaliar o impacto que os conhecimentos aprendidos têm na vida cotidiana, exigindo capacidade para resolução de problemas, como faz o Pisa. Mas há aspectos que vão além disso. Toda a questão social e cultural envolvida na educação não será avaliada. A inclusão das populações menos favorecidas fica de fora. As condições em que essa educação é dada também. Por exemplo, uma educação autoritária, dada de maneira autoritária, sem respeito aos direitos básicos do ser humano, pode fazer com que um aluno tenha um bom desempenho numa prova, mas será uma boa educação? Nos últimos 15 anos, nunca houve tanta gente com acesso à educação no mundo, mesmo assim essas mesmas pessoas continuam cometendo crimes, a sociedade está repleta de dificuldades e tensões sociais. O que está acontecendo? Esse é um grande desafio que temos. E o uso de avaliações como termômetro para cumprimento de metas, modelo que começa a ser adotado no Brasil e que já é comum em vários países? Pode ser uma experiência interessante se atrelada a um modelo maior, que contemple uma educação que seja pensada e discutida para as necessidades das crianças e jovens de hoje. A avaliação não é um fim nela mesma, ela pode auxiliar, mas não pode ser a base de uma política pública educacional. O importante é a visão de que é preciso adaptar a escola às necessidades das pessoas daquela comunidade. E ensinar o que realmente seja importante para uma população. Como o senhor avalia a situação da educação no Brasil? O Brasil conseguiu uma série de avanços nos últimos anos. É importante reconhecer isso. Mas, de todas as crianças fora da escola na América Latina, 20% estão no Brasil. E, de todos os adultos analfabetos na região, 46% são brasileiros. Há ainda grupos de excluídos no País, a população indígena, a dificuldade com crianças com deficiências físicas e moradoras de regiões muito carentes. Vocês também não têm ainda nenhum tipo de órgão estatal que funcione como defensoria para onde as pessoas que se sintam violadas em seus direitos, que não recebam a educação necessária, possam recorrer. E a sociedade civil, que papel desempenha nessa demanda do direito à educação? É um erro pensar que somente governos devem se preocupar com a educação. Ela é responsabilidade minha, sua, de todo mundo. A sociedade precisa entender que uma boa educação para todos é um elemento fundamental para a construção de um Estado que permite salvar vidas.
Quem é: Vernor Muñoz: É costa-riquenho. Tem 46 anos e é formado em Letras, Filosofia, Educação e Direito;É professor de Direitos Humanos da Universidade Latina da Costa Rica; Trabalhou como responsável pela área de Divulgação e Promoção de Direitos da Defensoria Pública da Costa Rica; Autor de livros e artigos.Fonte: O Estado de São PauloPublicado em 280/01/2008

SERÁ?




O preconceito racial na escola!


Diversos autores preocuparam-se com a relação entre racismo e educação, desenvolvendo pesquisas nessa linha. Uma delas foi realizada por Gusmão (1999), com crianças pobres de periferia urbana ou do meio rural, e tinha como objetivo verificar de que forma estigmas e estereótipos se fixam na vida do negro. Para tal, foram analisados desenhos nos quais foi possível observar como se estrutura o mundo simbólico e de que forma as crianças olham o mundo e são olhadas por ele. No universo investigado, incluiu-se também o sistema educacional.
Por meio dos desenhos, foi possível observar qual a compreensão tida pelos dois mundos: brancos/negros. O branco foi representado como vinculado ao que é civilizado, urbano, bem apresentado, sorridente, enquanto o negro seria o inverso: meio rural, ligado ao trabalho físico, desprovido de dinheiro e de possibilidades. A imagem do negro é mutilada de atribuições positivas, é representada pelas crianças como um mundo triste, marcado pela violência e pela distância real e simbólica entre brancos/negros.
Cada população parece ter seus lugares bastante delimitados no imaginário coletivo, transbordando para o convívio social. Algumas crianças mostraram-se hostis frente a essa postulação, demostrando a sua indignação contra conteúdos discriminatórios. Mas, haveria ainda os que se "adaptam" ao discurso do opressor, percebendo-se como selvagens, sem humanidade, impossibilitados de protestar contra sua condição por se sentirem amordaçados pela internalização maciça dos padrões dominantes.
Em outra pesquisa realizada com crianças de escola pública de Campinas, Oliveira (1994) investigou como eram estabelecidas as relações entre crianças negras e brancas em uma sala de aula. Foi observado que os dois grupos se relacionavam de modo tenso, segregando, excluindo. A criança negra mantinha-se em uma postura introvertida, recusando-se em muitos momentos a participar das atividades propostas, com medo de que os outros rissem dela, ou seja, para não ser rejeitada ou ridicularizada, ela preferia calar sua voz e sua dor. Isso ilustra o quanto uma situação social pode silenciar as crianças negras, reduzindo-as a um estado quase de mutismo e invisibilidade em sala de aula, levando-as a profundo desconforto, intensificado pelo sentimento de não-pertença.
Em atividade proposta em sala de aula, foi solicitado às crianças que falassem sobre si em uma redação. A criança negra se auto-referia de modo depreciativo, descrevendo-se a partir do discurso dos seus colegas: "feia, preta, fedorenta, cabelo duro". Não se sentia desejada, portanto, pelos meninos como as suas outras colegas que tinham um cabelo grande e liso.
A criança negra poderá ser submetida a uma violência simbólica, manifestada pela ausência da figura do negro no contexto escolar, ou pela linguagem verbal – insultos e piadas – proveniente do seu grupo social, demonstrando de modo explícito o desrespeito dirigido a essa população, aprendido muito cedo pelas crianças brancas.
A criança negra poderá incorporar esse discurso e sentir-se marginalizada, desvalorizada e excluída, sendo levada a falso entendimento de que não é merecedora de respeito ou dignidade, julgando-se sem direitos e possibilidades. Esse sentimento está pautado pela mensagem transmitida às crianças de que para ser humanizado é preciso corresponder às expectativas do padrão dominante, ou seja, ser branco.
Esses estímulos de branquitude são em geral transmitidos pelo sistema social e, às vezes, pela família. Tal tipo de ação conduz não apenas à desvalorização do "eu", mas também acarreta intensa angústia, porque a criança não consegue corresponder às expectativas. Assim, a identidade da criança negra passou a ser lesada: ao se voltar para o seu próprio corpo, as crianças encontram as marcas da exclusão, rejeição e, portanto, insatisfação e vergonha.
A população negra poderá acabar por negligenciar a sua tradição cultural em prol de uma postura de embranquecimento que lhe foi imposta como ideal de realização. Esse posicionamento foi decorrente da internalização de que "embranquecer" seria o único meio de ter acesso ao respeito e à dignidade. Esse ideal de embranquecimento faz com que a criança deseje mudar tudo em seu corpo. No discurso de uma das crianças entrevistadas, Oliveira(1994) salienta uma frase: "Eu queria dormir e acordar branca do cabelo liso".A fala dessa criança leva a supor que seria como acordar de um pesadelo, povoado de insatisfação, vergonha e rejeição. A criança não entende nem é entendida nesse sistema educacional, que parece reproduzir o padrão hegemônico, estigmatizando a criança negra como incapaz, rebelde.
Essa postura é ainda reafirmada pela linguagem não-verbal, quando estudos demonstram que parece haver uma ausência de contato físico afetivo dos professores para com as crianças negras, demonstrando a rejeição do seu grupo social e causando-lhes sofrimento. A sua dor não é reconhecida, havendo uma aparente falta de acolhimento por parte das pessoas "autorizadas" (educadores), que silenciam ou se omitem em face de uma situação de discriminação. Tal postura denuncia a banalização do preconceito e a conivência dos profissionais com ele (Romão, 2001).
É possível observar que há uma aparente falta de intervenção por parte dos educadores em tal problemática. Alguns fatores que estariam implicados em tais questões seriam: i - Os educadores poderiam estar imbuídos de forte impregnação da ideologia dominante, que oprime e nega tudo aquilo que se distancia do padrão estabelecido, impossibilitando-os de pensar numa perspectiva multicultural. ii - Mitificação da instituição Escola, acreditando que ela seria a detentora de um suposto saber e, por conseguinte, "dona da verdade", intimidando alguns educadores a não macular tal imagem, não questionando determinada postura ou a adoção de determinado material didático, permanecendo a sensação de mal-estar que não é significada, ou seja, não é falada, dando continuidade ao silêncio e à cumplicidade com determinadas atitudes. iii - Falta de preparo dos professores para lidar com a questão racial em sala de aula, desencadeando a difusão da discriminação racial. Essa falta de preparo impossibilita a decodificação e a intervenção do educador em situações que denotem sinais de preconceito.

Um desafio... leia e reflita!!!


Sociedade maquiada!


Atualmente vivemos em uma sociedade maquiada. Digo maquiada, pois olhamos um mundo mascarado, sem originalidade, sem essências, sem valores, sem moralidade. Digo olhamos, pois me incluo nessa.
Mesmo sabendo que devemos não ser preconceituosos, acabamos no nosso dia-a-dia contribuindo para que esse conceito se torne realidade a cada segundo que passa.
Concordo plenamente com as citações de Clodoaldo Meneguello Cardoso no texto Fundamentos para a Educação na Diversidade, unidade 1. Mas será que realmente aplicamos tudo no nosso cotidiano? Será que falamos da boca para fora e não praticamos o que falamos? Será que fazemos ao menos partes do que saem das nossas bocas, da nossa reflexão, das nossas conclusões? Será que realmente podemos dizer ser não preconceituosos? Bom, essas questões são difíceis de serem respondidas, visto que nos não admitimos ter preconceito de algo ou alguém. O ser humano às vezes mascara seus sentimentos, suas atitudes, seus pensamentos para dizerem ser “atuais” e “reciclados”. Mas na verdade estamos presos ao pensamento antigo, arcaico. Está embutido em nos sem mesmo percebemos e admitirmos.
Desculpe quem não concorde com esse modo de pensar! Sei que muitos devem estar achando que esse texto está defendendo o preconceito. Mas erro de quem pensa isso. Somente retrata o que acontece na sociedade. Não tem como falarmos que a sociedade está livre de preconceitos diante das atitudes que vivenciamos em nosso lado a todo o momento. É obvio que queria estar escrevendo que a sociedade está plenamente livre. Mas seria muita ironia da minha parte. Todos sabem que o preconceito está impregnado em todos os cantos do mundo de suas diversas formas e maquiagens. Quem nunca se sentiu ameaçado em parar em um farol, sem movimentação, sozinho, e em sua frente vindo um “cara” descalço sujo, descabelado, amarrotado, andando meio que cambaleando (não de bebida na verdade, mas do cansaço, do peso, do dia tão difícil que teve para alimentar a família que o espera em um barraco de papelão). Mas será que alguém é capaz de pensar realmente isso, que o tal “cara” está daquele jeito por causa das conseqüências que a vida lhes impôs? Ou sai fechando os vidros e passando no sinal vermelho com medo de ser assaltado. É minha gente, essa infelizmente é a nossa realidade deprimente.
Confesso que essa realidade tão cruel vem sendo aos poucos, mas muito pouco mesmo, aos passos de uma tartaruga, modificando. Isso depois de muita insistência. Hoje a mídia já está fazendo seu papel, pouco, mas já faz. As escolas estão colocando em práticas medidas para retraírem esse pensamento preconceituoso. Mas, esse processo infelizmente é muito lento, demorado e doloroso.
Enfim, todos sonham com uma sociedade livre de preconceitos, maquiagens. Mas será que estamos realmente fazendo nossa parte? Não basta pensar, temos que agir e colocar em prática no nosso dia-a-dia.



(Letícia Batagello Vieira)








Educação para a cidadania: o conhecimento como instrumento político de libertação


A formação do ser humano começa na família. Ali, tem início um processo de humanização e libertação; é um caminho que busca fazer da criança um ser civilizado, e bem cedo a escola participa desse processo.
Com o conhecimento adquirido na escola, o aluno se prepara para a vida. Passa a ter o poder de se transformar e de modificar o mundo onde vive.
Educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição da República.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.
O problema da grave concentração de renda no Brasil, a corrupção que permeia os órgãos governamentais, a ingerência política e o descaso histórico do governo brasileiro com os direitos fundamentais de seus cidadãos são problemas que somente se encerrarão com o aprimoramento da democracia, que se dará por meio do controle do poder pelo povo.
Segundo Lakatos (1999):
Democracia é a filosofia ou sistema social que sustenta que o indivíduo, apenas pela sua qualidade de pessoa humana, e sem consideração às qualidades, posição, status, raça, religião, ideologia ou patrimônio, deve participar dos assuntos da comunidade e exercer nela a direção que proporcionalmente lhe corresponde.
Infelizmente, no Brasil, a participação do povo no poder se limita a comparecer às urnas durante o processo eleitoral. A cultura de participação é o primeiro passo para se consolidar uma democracia capaz de garantir os direitos sociais de todos os cidadãos.
A formação de uma cultura democrática como a sonhada pelo educador Pedro Demo nasce do conhecimento enquanto instrumento político de libertação. Ela permitirá o desenvolvimento dos potenciais de cada aluno-cidadão no meio social em que vive.
Quem hoje poderá pensar a problemática social brasileira sem levar em conta o significado da escola nesse contexto?
De modo particular, a corrupção na administração pública vem sendo apontada como um dos mais graves problemas atuais no Brasil. A corrupção se encerra somente com o aprimoramento da democracia. Por isso, cada cidadão deve acompanhar de perto a ação de seus candidatos antes, durante e depois das eleições.
Considerando questões sociais como esta, Cecília Peruzzo adverte que:
Estes são apenas alguns dos indicativos da importância histórica da educação para a cidadania em sua contribuição para alterações no campo da cultura política, por meio da ampliação do espectro da participação política, não só em nível macro do poder político nacional, mas incrementando-a a partir do micro, da participação em nível local, das organizações populares, e contribuindo para o processo de democratização e ampliação da conquista de direitos de cidadania.
A idéia de educação deve estar intimamente ligada às de liberdade, democracia e cidadania. A educação não pode preparar nada para a democracia a não ser que também seja democrática. Seria contraditório ensinar a democracia no meio de instituições de caráter autoritário.
Bóbbio (2002) afirma que “a democracia não se refere só à ordem do poder público do Estado, mas deve existir em todas as relações sociais, econômicas, políticas e culturais. Começa na relação interindividual, passa pela família, a escola e culmina no Estado. Uma sociedade democrática é aquela que vai conseguindo democratizar todas as suas instituições e práticas”.

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